Em Gênesis 22:1-19, a Bíblia Sagrada nos revela uma incrível história de Abraão, o Pai dos crentes, quando teve que oferecer seu filho Isaque – “Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes que eu te mostrarei” (v.2). Que provação! Que luta terrível. Somente um coração transformado por Deus, resistente a choque, poderia suportar prova assim.
Neste contexto, Abraão foi protagonista de uma das mais lindas histórias de obediência, de dependência e sobretudo de fé. Muitas vezes, dizemos: “Deus dá, Deus tira. Porém quando chega a hora dEle tirar alguma coisa de nós, nosso coração desfalece. Nem sempre é fácil entendermos o método de Deus. Derek Kidner, Gênesis Introdução e Comentário, Vida Nova, p.132, diz sobre Abrão: “A fé o fez ver que a loucura de Deus é a sabedoria ainda não descoberta”.
Abraão percorreu alguns dias até chegar ao monte. Que caminho mais longo. Que madrugadas terríveis. O Pai da Fé renunciou a si mesmo e, sem entender o método do seu Deus, submeteu-se. Sua obediência era absoluta, inegociável e irrestrita. Abraão foi aprovado na medida da sua obediência.
Diante desta história precisamos refletir em dois versículos do capítulo 22 de Gênesis:
“E aconteceu, depois dessas coisas, que Deus pôs à prova Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui” (v.1).
“Mas o anjo do Senhor lhe bradou desde os céus, e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui” (v.11).
Como vemos em ambos, a palavra Eis-me aqui está presente. Porém, foram ditas em contextos diferentes. No verso 1, foi quando Deus queria algo de Abraão e a seguir ocorreu depois dele obedecer ao Senhor e ser aprovado. Ou seja, independentemente da situação de nossas vidas devemos obedecer ao Altíssimo. Mesmo sem entender o que Deus queria ou para que Deus estaria fazendo aquilo, o Pai da Fé foi fiel e saiu vitorioso.
Sigamos o exemplo de Abraão, conscientes da grandeza e soberania de Deus em nossas vidas. Quando ele te chamar, diga: “Eis-me aqui Senhor hoje e sempre”.