O Salmo 51, do 1 ao 19, registra a agonia da alma de Davi após o seu terrível crime e assassinato. Essa triste página na história de Davi está registrada em 2 Samuel, capítulos 11 e 12. Davi viu Bate-Seba, mulher do seu soldado Urias, banhando-se. Davi a cobiçou e adulterou com ela. Bate-Seba engravidou e Davi mandou matar Urias. Davi tentou de todas as formas esconder o seu pecado.
O homem, segundo o coração de Deus, utilizou quatro planos para encobrir o seu pecado:
1) Dar férias ao marido de Bate-Seba
2) Dar um banquete ao marido de Bate-Seba
3) Encomendar a morte do marido de Bate-Seba
4) Casar-se com Bate-Seba para esconder a gravidez
Tudo parecia perfeito. Todas as provas do pecado aparentemente destruídas. Entretanto, Davi só não contava com uma coisa: QUE DEUS ESTAVA VENDO TUDO. Em 2 Samuel 11.27 diz: “Porém, isto que Davi fizera foi mau aos olhos do Senhor”. Deus envia a Davi o profeta Natã, que conta uma parábola com clamorosa justiça. Davi lhe diz: “O homem que fez isso deve ser morto”. Natã responde a Davi: “TÚ ÉS O HOMEM”.
Após o anúncio do profeta, Davi é tomado por um sentimento de culpa e horror. Mas, diante deste acontecimento, foi que Davi escreveu o Salmo 51. Em primeiro lugar, Davi reconheceu o seu pecado. Davi se arrependeu do seu pecado. Davi jogou o veneno fora. Davi espremeu toda a ferida.
Fica evidente que o Salmo 51 é uma oração, primeiramente, por perdão. Com uma confissão humilde de Davi de atos pecaminosos provenientes de uma natureza pecaminosa como sua raiz amarga. Mas, após o arrependimento, este salmo revela renovação e santificação por meio do Espírito Santo.
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Nos versos 1-2 do Salmo 51, vemos que o clamor está fundamentado na infinita misericórdia divina. O clamor é provado pela sua triste situação. O clamor é evidenciado pelo seu veemente pedido de perdão.
“1) Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. 2) Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado.”
Também, entre os versos 1-6, temos uma sincera confissão, quando Davi faz profunda convicção do seu pecado (51.3); Davi tem uma consciência clara da natureza do seu pecado (51.4a); uma consciência clara de que ele não tem desculpas para pecar (51.4b); uma consciência clara de que sua natureza é essencialmente má (51.5); uma consciência clara de que o pecado não pode ser escondido de Deus (51.6a); e uma consciência clara de nossa falta de sabedoria (51.6b).
“1) Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. 2) Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. 3) Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.4) Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar. 5) Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe. 6) Eis que te comprazes na verdade no íntimo e no recôndito me fazes conhecer a sabedoria.”
Mais adiante, Davi faz um pedido de purificação (SL 51.7-9). Davi reconhece que apenas Deus pode limpa-lo dos seus pecados (51.7) e o pecado é maligníssimo em seus efeitos (51.8-9).
“7) Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve. 8) Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que exultem os ossos que esmagaste. 9) Esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades.”
Nos versos 10, 11 e 12, Davi apresenta o seu anseio por renovação:
- A necessidade de um novo coração (51.10)
- A necessidade da comunhão com Deus (51.11)
- A necessidade da alegria da salvação (51.12)
“10) Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável.11) Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito. 13) Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário.”
Nos próximos cinco versos (SL 51.13-17), Davi enfatiza o seu desejo de proclamação, pois a nudez produzida pelo pecado transforma-se em uma voz de testemunho (51.13); a libertação do pecado abre voz para o louvor (51.14); os lábios silenciados pelo pecado são abertos por Deus para adoração (51.15); e o culto que Deus deve proceder de um coração quebrantado (51.16-17).
“13) Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti. 14) Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua exaltará a tua justiça. 15) Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará os teus louvores. 16) Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos. 17) Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.”
E para encerrar, Davi suplica por restauração nacional nos versos 18 e 19, quando pede proteção do povo de Deus (51.18) e retorno ao culto súplico (51.19).
“18) Faze bem a Sião, segundo a tua boa vontade; edifica os muros de Jerusalém. 19) Então, te agradarás dos sacrifícios de justiça, dos holocaustos e das ofertas queimadas; e sobre o teu altar se oferecerão novilhos.”
Encerramos este breve ensinamento com três questões reflexivas e completamente pessoal:
- Você é uma pessoa salva pelo Senhor?
- Você se afastou de Deus e perdeu a alegria da salvação?
- Você quer, agora, volta-se para Deus, confessar o seu pecado e tomar posse da restauração do Senhor?
DEUS ABENÇOE A SUA VIDA!