O capítulo 15 da primeira carta de Paulo aos Coríntios revela uma das bases mais essenciais da nossa fé: a ressurreição de Cristo. O apostolo destaca a importância desse evento não apenas como um fato histórico ou milagroso, mas sim o âmago da nossa esperança como cristãos, filhos escolhidos de Deus Pai, amados por Jesus e habitados pelo Espírito Santo. Nesta mensagem, vamos analisar apenas o versículo 19 do capítulo 15, onde Paulo confronta a perspectiva limitada de uma fé em Jesus apenas para esta vida.
“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos as pessoas mais infelizes deste mundo.” – 1 Coríntios 15.19
Quando restringimos nossa esperança em Cristo a conquistas meramente terrenas, nossa visão da fé torna-se estreita. Isso nos impede de entender a grandeza da redenção que Ele nos proporcionou por meio de sua morte e ressurreição. Ou seja, se pensamos que nossa fé se resume ao sucesso, bem-estar, riqueza ou a busca por uma existência confortável aqui na Terra, estamos nos privando da plenitude da esperança que Cristo nos oferece (vida eterna) e fadados à perdição.
Tal pensamento pode realmente expressar a NÃO CONVERSÃO de uma pessoa! Uma fé falsa, doente, ineficaz e, principalmente, interesseira, gera apenas uma ilusão transitória de salvação e esperança. Pensar desta forma, como bem expressou o apostolo Paulo, tornará a pessoa A MAIS INFELIZ deste mundo, pois Cristo lhe serve apenas de fonte de recursos a ser explorada incansavelmente. Não há relacionamento, gratidão ou senso de fidelidade.
Todas as pessoas sofrem em alguma medida. Todos sofrem por diversos motivos. Mas existem duas importantes diferenciações sobre o sofrimento que precisamos entender:
MUITOS SOFREM SEM CRISTO
A falta de Jesus em meio aos sofrimentos é algo extremamente sombrio: não há sentido, não há propósito, não precisa ser por algo ou alguém. Apenas estaremos ao acaso das doenças, fome, depressão, guerras, problemas familiares, etc. Aí morremos e nada mais. Sem restauração ou vida eterna. Terá sido apenas uma vida com pequenos lampejos de amor, paz e segurança. Talvez nem isso!
Mas ter Cristo apenas para esta vida nos torna AINDA MAIS INFELIZES que alguém cuja a vida nunca teve 01 presente (Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos as pessoas mais infelizes deste mundo). A pessoa passará por tudo o que já listamos anteriormente (doenças, fome, depressão, guerras, etc.), mas achando ter Jesus ao seu lado, esperando por um momento onde a vida se revelará rica, incrível, sem problemas, doenças e muitas outras promessas vazias… no final será apenas trevas. Não foi para isso a morte e ressurreição de Jesus. Sua obra redentora NÃO CABE APENAS nesta vida!
OUTROS SOFREM COM CRISTO
Quando Deus abre nossos olhos, retira o coração de pedra e coloca o coração de carne, aí sim podemos ver (e ainda assim em parte, pois seus feitos são maiores do que podemos imaginar) o propósito da morte de Jesus, a grandiosidade de sua ressurreição, e com devemos responder a todos os Seus feitos por nós. As dores e sofrimentos, mesmo grandes tornam-se pequenos e passam a ter sentido, além de também glorificarem a Deus.
Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito – Romanos 8.28
Pensar desta forma nos leva ao extremo oposto da afirmação do Apostolo Paulo em 1 Coríntios 15:19. Ao crer verdadeiramente na vida após a morte seremos as pessoas MAIS FELIZES deste mundo! Devemos sempre nos voltar ao Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo. É infinitamente triste a vida de quem “tem” Jesus, mas não tem vida eterna, pois tudo o que espera de Deus se limita ao pouco tempo de existência neste mundo.
Olhemos sempre para Jesus, o Messias, nosso irmão mais velho, o primogênito dentre os mortos. Assim como toda Sua vida teve propósito e glorificou ao Senhor nosso Deus, sua morte e ressurreição nos garantiram que vivêssemos a sua vida. Precisamos ter esperança em Jesus hoje, mas não esquecer da eternidade prometida, já que suas obras vão muito além desta pequena vida. Devemos esperar isso de Jesus: uma eternidade de infinidades no seu reino de amor, glória, majestade e poder!
“Estou absolutamente convencido de que os nossos sofrimentos do presente não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada.” – Romanos 8.18
“Contudo, alegrai-vos por serdes participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também vos alegreis e exulteis na revelação da sua glória.” – 1 Pedro 4.13
“Pois as nossas aflições leves e passageiras estão produzindo para nós uma glória incomparável, de valor eterno.” – 2 Coríntios 4.17
DEUS ABENÇOE GRANDEMENTE!
