Deus põe Abraão à prova, e Abraão se revela um homem de fé, disposto a sacrificar o seu único filho. Naquela época, e nos dias de hoje, o sacrifício de crianças era e é abominável aos olhos de Deus e o detalhe: naquela época a Lei de Moisés mandava que um animal fosse oferecido em sacrifício.
Depois com a morte e Ressurreição de Jesus esse sacrifício não foi e não é mais necessário. Se você ainda não conhece muito bem essa história, pode se perguntar: Mas por que Deus pediu para Abraão oferecer seu único filho em sacrifício se isso era abominável aos olhos dEle? Vamos ler essa história, de medo, amor e fé para respondermos a sua pergunta. A nossa leitura será em Gênesis 22: 1 a 18.
“1- Algum tempo depois Deus pôs Abraão à prova. Deus o chamo pelo nome, e ele respondeu: Estou aqui. 2- Então Deus disse: Pegue agora Isaque, o seu filho, o seu único filho, a quem você tanto ama, e vá até a terra de Moriá. Ali, na montanha que eu lhe mostrar, queime o seu filho como sacrifício.
3- No dia seguinte Abraão se levantou de madrugada, arreou o seu jumento, cortou lenha para o sacrifício e saiu para o lugar que Deus havia indicado. Isaque e dois empregados foram junto com ele. 4- No terceiro dia, Abraão viu o lugar de longe.
5- Então disse aos empregados: Fiquem aqui com o jumento. Eu e o menino vamos ali adiante para adorar a Deus. Daqui a pouco nós voltamos. 6- Abraão pegou a lenha para o sacrifício e pôs nos ombros de Isaque. Pegou uma faca e fogo, e os dois foram andando juntos.
7- Daí a pouco o menino disse: Pai! Abraão respondeu: Que foi meu filho? Isaque perguntou: Nós temos a lenha e o fogo, mas onde está o carneirinho para o sacrifício? 8- Abraão respondeu: Deus dará o que for preciso, ele vai arranjar um carneirinho para o sacrifício meu filho. E continuaram a caminhar juntos.
9- Quando chegaram ao lugar que Deus havia indicado, Abraão fez um altar e arrumou a lenha em cima dele. Depois amarrou Isaque e o colocou sobre o altar, em cima da lenha. 10- Em seguida pegou a faca para matá-lo. 11- Mas nesse instante, lá no céu, o Anjo do Senhor o chamou, dizendo: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Estou aqui!
12- O Anjo disse: Não machuque o menino e não lhe faça nenhum mal. Agora sei que você teme a Deus, pois não me negou o seu filho, o seu único filho. 13- Abraão olhou em volta e viu um carneiro preso pelos chifres, no meio de uma moita. Abraão foi, pegou o carneiro e o ofereceu como sacrifício em lugar do seu filho.
14- Abraão pôs naquele lugar o nome de O Senhor Deus dará o que é preciso. 15- Mais uma vez o Anjo do Senhor, lá do céu, chamou Abraão 16- e disse: Porque você fez isso e não me negou o seu filho, o seu único filho, eu juro pelo meu próprio nome, diz Deus, o Senhor, que abençoarei você ricamente.
17- Farei com que os seus descendentes sejam tão numerosos como as estrelas do céu ou os grãos de areia da praia do mar, e eles vencerão os inimigos. 18- Por meio dos seus descendentes eu abençoarei todas as nações do mundo, pois você fez o que eu mandei.”
Será que conseguimos imaginar como Abraão se sentiu ao ouvir Deus dizer a ele: “Pegue agora Isaque, o seu filho, o seu único filho, a quem você tanto ama, e vá até a terra de Moriá. Ali, na montanha que eu lhe mostrar, queime o seu filho como sacrifício.” Mas saiba que Deus fez um teste com Abraão e não para fazê-lo tropeçar e assistir a sua queda e sim para aprofundar sua capacidade de obedecer a Deus e assim desenvolver o seu caráter.
Assim como o fogo refina o minério para extrair metais preciosos, Deus nos refina através das circunstâncias difíceis. Quando somos testados, podemos escolher reclamar ou tentar ver de que forma estamos sendo provador por Deus para desenvolver nosso caráter.
Naquela manhã Abraão iniciou um dos maiores atos de obediência já registrados na história. Ele viajou cerca de oitenta quilômetros até o monte Moriá, próximo a Jerusalém. Imagina o que se passava na cabeça de Abraão durante essa trajetória.
Com o passar dos anos, ele aprendeu muitas lições difíceis sobre a importância de obedecer a Deus, e desta vez sua obediência estava pronta e completa. Obedecer a Deus costuma ser uma luta porque pode significar abrir mão de algo que realmente desejamos. Não devemos esperar que a obediência a Deus seja fácil ou que aconteça naturalmente.
Por que Deus pediu que Abraão oferecesse sacrifício humano? As nações pagãs realizavam esta prática, mas Deus a condenava como um terrível pecado. Na verdade Deus não queria a morte de Isaque, mas sim que Abraão sacrificasse o filho no coração, para com isto tornar claro que Abraão amava mais a Deus do que as promessas e o filho tão esperado.
Deus estava testando Abraão. O propósito do teste é fortalecer nosso caráter e aprofundar nosso compromisso com Ele e seu momento perfeito. Através desta difícil experiência, Abraão fortaleceu seu compromisso de obediência a Deus. Ele também aprendeu sobre uma característica especial de Deus: sua habilidade de prover.
É difícil nos separarmos de algo que amamos profundamente. O que poderia ser mais natural que amar seu único filho? Ainda assim, quando entregamos a Deus o que Ele pede, recebemos de volta muito mais do que poderíamos imaginar. Os benefícios espirituais das bênçãos de Deus em muito superam os nossos sacrifícios. Você já negou seu amor, filhos ou tempo para Deus? Confie em Sua providência.
Perceba o paralelo entre o cordeiro oferecido no altar, como substituto para Isaque, e Cristo oferecido na cruz como nosso substituto. Embora Deus tenha impedido Abraão de sacrificar o seu filho, Ele não poupou seu próprio Filho, Jesus, da morte de cruz. Se Jesus não tivesse vivido, toda a humanidade morreria. Deus enviou seu único Filho para morrer por nós a fim de que pudéssemos ser poupados da morte eterna e merecida e ganhar a vida eterna.
Abraão recebeu bênçãos abundantes porque não hesitou em obedecer a Deus. Primeiro, Deus conferiu aos descendentes de Abraão habilidade de vencer seus inimigos, segundo, Deus prometeu a Abraão, filhos e netos que seriam uma bênção para o mundo. A vida das pessoas seria transformada como resultado do conhecimento da fé de Abraão e seus descendentes.
Costumamos pensar em bênçãos como presentes a serem desfrutados. Mas quando Deus nos abençoa, é com o propósito de fazer estas bênçãos transbordarem para outros.
Soli Deo gloria!
Autor: Uma Mensagem de Vida